sexta-feira, 14 de setembro de 2012

A Luta por uma Educação de Qualidade

Fazia 11 anos que as Universidades Federais brasileiras não aderiam em peso a um movimento de greve e isso se deveu, pelo menos em parte, a confiança que muitos profissionais da área da Educação depositaram na mudança de governo, na entrada de um partido dito “dos trabalhadores” em uma posição de poder. Acreditou-se que a Educação receberia o lugar de destaque que cremos que ela mereça e que, os então opositores petistas, faziam tanta questão de destacar que o governo neoliberal direitista não concedia a ela.

Confiamos, mais promessas foram feitas, confiamos, esperamos. Passaram-se os anos e vimos que as promessas seguiriam assim, como promessas e a educação brasileira melhoraria em números apresentáveis em eventos nacionais e internacionais, mas seguiria relegada às migalhas e ao desleixo. Os profissionais da educação, esses, seriam conclamados a trabalhar por “vocação”, numa alusão clara a não valorização dessa carreira.

O Governo Federal mostrou inequivocamente, desde 2010 que não valoriza os profissionais da educação, sejam eles docentes ou técnicos. O acordo assinado em 2010 que concedeu reles 4% de aumento para os docentes federais foi descumprido. As demais reivindicações de professores e técnicos nem sequer foram discutidas. Elas são as mesmas há anos e quem desejar conhecê-las, basta que olhem as pautas das greves dos últimos 50 anos: estruturação de carreira, definição de uma data base anual pra negociação salarial (coisa que o governo exige do setor privado!), reposição de perdas salariais, incorporação das gratificações ao salário, infraestrutura e condições dignas de trabalho, facilitação e incentivo à qualificação. 

Em 2012 veio o maior movimento de greve dos últimos 50 anos. Uma forma de deixarmos claro nosso descontentamento com os rumos (ou a falta deles) dados à Educação no Brasil. Nesse momento esteve nas mãos do governo federal honrar o nome de seu partido e se posicionar ao lado dos trabalhadores, mas o que vimos foi que não éramos apenas desvalorizados, éramos desconsiderados completamente pelo governo. Um governo que recusou-se a conversar e negociar com os representantes sindicais, uso de modo premeditado a mídia para denegrir os profissionais federais da educação e gerar desinformação, seguindo os passos do governo anterior, assinou um acordo unilateral com um sindicato docente que representava 13% das instituições federais e exigiu que os outros 87% dos profissionais aceitasse essa situação. Se ofende a atual presidente ser chamada de “Dil-má”, ofende a toda uma classe profissional sermos chamados de “sangue azul”, como se não trabalhássemos arduamente para fazer por merecer a dita estabilidade que vem vinculada a ser um funcionário federal. Além disso, diferente da classe política, nosso salário não se torna direito adquirido após 8 anos de profissão.

Fomos massacrados. Por meios torpes o governo federal mostrou que pode ignorar a toda uma categoria e seguir com seu discurso falacioso de que a educação é uma prioridade nacional, mascarando números e minando as liberdades individuais e o caráter meritocrático presente no sistema de ensino desde sua criação. 

Fomos traídos. Nossa desunião e o comportamento nocivo e vendido de uma parcela dos próprios profissionais minou por dentro o movimento de greve 2012. 

Fomos ignorados. Em lugar de ver a população brasileira levantar-se e, juntamente conosco, exigir que a educação no país seja levada a sério, vimos que “pão e circo” realmente são mais importantes. Vimos que nem as pessoas que acreditam que a educação será a chave para sua ascensão social realmente se importam com ela. Vimos que muitos de nossos estudantes também não valorizam a educação ou os profissionais responsáveis por ela. Há sete oceanos de diferença entre querer um diploma e querer educação. Devo esclarecer que essa generalização é indevida e que houve honrosas exceções entre a população. Pessoas que entenderam que essa luta não era por salário meramente, era por reconhecimento do impacto do trabalho dos profissionais de educação para esse país. Era para nunca mais ter que ouvir “Professor, o senhor trabalha ou só dá aulas?”, era pra não perder, cada vez mais, os melhores profissionais para a iniciativa privada ou a não docência.

O acordo unilateral do governo está tramitando, será aprovado e as instituições de ensino federal, exaustas e desconsoladas começam a retirar suas tropas de campo e a amargar uma derrota com gosto de fel. Pior, sabem, com a clareza de um dia de verão, que outros 11 anos não irão se passar sem que novamente haja uma greve das instituições de ensino federal. Sabem que até essa banalização do movimento de greve no setor, tão sintomática da forma como o poder público lida com as questões de educação, fala contra nós na luta diária que travamos para formar profissionais de qualidade e para mostrar ao governo brasileiro que, um dia, terá que parar de tratar a todos nós como estúpidos e acomodados.

Nesse momento os colegas que envolveram esforços e esperanças no movimento de greve tentam buscar consolo em vitórias ilusórias que teriam sido conseguidas com essa luta. Não consigo vê-las. O plano de carreira sofreu alterações que não atendem ao que foi pleiteado, receberemos outra reposição de perdas salariais insuficiente e as Universidades Federais perderam mais um pedacinho de sua autonomia. Os estudantes foram prejudicados, nossas famílias foram e serão prejudicadas, nós fomos prejudicados. Passar por todo o desgaste emocional que enfrentamos, repor aulas e ficar sem férias por dois anos teria valido a pena se pudéssemos voltar para sala de aula com a certeza que algo seria diferente. Passando o exemplo aos nossos profissionais em formação que é possível conseguir vitórias quando a causa é justa e que não é preciso aceitar que o tratem sem respeito. Voltar agora, após quatro meses e ter que explicar que tudo será “como era no princípio, agora e sempre, pelos séculos dos séculos” será doloroso a todos, exceto ao governo. 

Não entrei em greve por um aumento no meu contracheque, o fiz pela carreira que escolhi e que acredito merecer respeito. Ainda que tivesse entrado apenas pelo aumento salarial, sairia igualmente derrotada, pois isso também não foi conquistado. Contudo, aprendi muito durante esses quatro meses de paralisação. Lições sofridas sobre como é diferente a postura de governo/oposição, até quando a oposição é, em tese, o governo. Não entendam esse desabafo como uma crítica simplista ao Partido dos Trabalhadores (PT) ou a atribuam a algum tipo de apologia a qualquer partido. Até o momento todos os que se sucederam no governo federal fizeram pela educação praticamente o mesmo, ou seja, nada. 

O diferencial do atual governo é a busca por cercear ainda mais os direitos dos trabalhadores, pois nem sob o governo Fernando Henrique Cardoso cogitou-se o tipo de lei contra o movimento grevista que o atual governo fará passar pela goela de todos nós. Se o título deve definir a obra, como exigem os revisores dos artigos que somos cada vez mais pressionados a enviar de forma taylorista às revistas científicas, o atual PT deve mudar a preposição de seu nome e assumir que, pelo menos quando se fala em educação, seu interesse é nulo e sua identidade é Partido CONTRA os trabalhadores.


Fonte: Sabrina Barroso - UFTM
Acesso: Facebook 14/09/2012

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

A formação continuada de docentes por si só não resolve os problemas do fracasso do sistema educacional brasileiro


Profª  Jacira Soares da Silva Lopes – jassol@bol.com.br
                                                             Mestre em educação
No cenário estabelecido pela sociedade do século XX especialmente, a partir da década de 90, e início do século XXI, um dos aspectos mais significativos é o denso relacionamento com a tecnologia e a tendência dessa densidade é contínua e ascendente visto que as tecnologias hoje são consideradas como uma revolução em nossas vidas, elas estão em todos os espaços, são empregadas em todas as ações humanas a partir das nossas necessidades primárias até aquelas que configuram trabalho, desde o mais simples ao mais sofisticado. Compreendidas como meios disponíveis para facilitar a informação e a comunicação nas instituições em suas dimensões sociais, culturais e políticas, as tecnologias denotam significações diferenciadas com perspectivas de avanços no que se refere à compreensão dos elementos reveladores dessa nova sociedade que se apresenta com necessidades de integração e identidade próprias. Nesse aspecto, possivelmente, a educação dos povos estará caminhando para seu ápice e o educador necessita de conhecimentos e domínios dessas tecnologias no que tange ao uso das tecnologias educacionais na sua prática pedagógica.
Assim, a educação como instituição que sempre foi na sociedade capitalista, a contribuinte para o crescimento da produção, na perspectiva atual, mudará de foco, ela é hoje entendida como uma instância que pode conduzir à formação das pessoas tornando-as aptas a experimentar a plena conscientização. Nesta perspectiva, a educação no sentido pleno, seria aquela que fosse capaz de formar um indivíduo consciente de que ela não é finita, que ela é contínua, permanente e que, portanto, não se finaliza num período determinado pelos currículos de ensino.
O educador tem as mesmas necessidades de complementação na sua formação plena considerando que as mudanças sociais e o desenvolvimento em todos os aspectos são frequentes, contínuos.
No esteio dessas tendências, a educação no Brasil e, atualmente os currículos de formação de docente vem sofrendo muitas críticas em torno da formação visto que eles  devem ocupar-se da formação de professores reflexivos com capacidade de planejar, projetar, executar e gerenciar avaliar a sua práxis cotidiana e ainda serem sujeitos críticos de sua própria prática e empreendedores de seu conhecimento. Este é o perfil do docente que se postula como o indivíduo e profissional com melhores perspectivas de produzir e manter-se no atual mundo do trabalho.
Isso implica uma gestão democrática de recursos financeiros e investimentos no que tange a formação dos docentes. O conhecimento humano é constituído pela humanidade historicamente e é explicado e transmitido por diversas formas ou abordagens que possibilitam a transmissão e construção de conceitos e valores diversos sobre homem, sociedade, mundo, cultura, educação etc. Tendo em vista que a educação se manifesta carregada de intencionalidades e que no processo educativo formal as aprendizagens são resultados da ação educativa exercida por um sistema dominante e por professores em situações planejadas e intencionais, pode-se dizer então que subjacente a essa ação estão presentes referenciais teóricos, pessoais e sociais que farão parte da transmissão e (re)construção do conhecimento.
No âmbito das discussões sobre concepções e práticas pedagógicas, quando se trata de formação e prática docente, parece que as concepções ou modelos pedagógicos os quais o professor conheceu e aprendeu durante seu curso de formação, não têm tanta influência na sua prática. Conforme Mizukami (1986, p. 115), “[...] o seu próprio processo de escolarização contribui muito mais decisivamente para estruturação de sua prática pedagógica do que os modelos pedagógicos aos quais foi exposto ou que lhe foram transmitidos ao longo dos cursos de formação de professores.”
Nesse caso, a teoria é modificada na e pela prática, o que faz com que a prática exercida tenha as características e formas pessoais de quem a pratica, conforme suas crenças e sua cultura e sua capacidade de elaboração conceitual a respeito da coisa a ser ensinada. Tais modelos praticados podem ser adquiridos no seu dia a dia profissional, através do convívio com outros docentes, e/ou com os seus próprios professores/educadores na formação ao longo da vida. Sobre essa maneira de compreender e fazer a prática diferente do que se tem na teoria, Hargreaves (2004, p. 40-1) considera que:

Para muitos professores, o impacto dos novos eventos na ciência da aprendizagem tem significado aprender a ensinar de forma diferente daquelas com as quais foram ensinados como alunos. No passado, os professores aprenderam os rudimentos do ensino observando os professores que os ensinaram. O ensino para a sociedade do conhecimento atual é tecnicamente mais complexo e mais abrangente do que jamais foi [...]. Os professores de hoje, no entanto precisam estar comprometidos e permanentemente engajados na busca, no aprimoramento, no auto-acompanhamento
e na análise de sua própria aprendizagem profissional.

Concordando ou não com o autor supracitado, entenda que essa é uma das prerrogativas do século XXI, o profissional de hoje seja qual for o seu setor, necessita saber empreender, é o que se vê nas propagações dos meios informativos e comunicativos. A modernidade de hoje, exige que os seus protagonistas, sejam versáteis, capazes de acompanhar as mudanças de seu tempo. E para isso, o investimento na formação e qualificação é imprescindível. Com vistas a isso, a educação será cada vez mais importante para as pessoas, corporações, países e mundo. Esta é a perspectiva para a educação que se vislumbra.
Com o sentido que ganhou a profissão de professor, entendido como um dos fomentadores do processo de formação de indivíduos, ele aparece nas discussões sobre formação continuada como um agente que está incumbido de favorecer o processo de manutenção ou transformação dessas sociedades, embora, contraditoriamente, seus salários e reconhecimento na sociedade, parecem caminhar na contramão desta ideologia.
Nas reflexões de Gadotti e outros pesquisadores que se ocupam da formação docente, dá para antever os próximos passos da história da educação, associando teoria pedagógica e prática educacional a uma análise sócio-histórica. Em suas análises, eles afirmam que a educação nova e a educação tradicional foram dois grandes movimentos na história do pensamento pedagógico e da prática educativa. E, especialmente em Gadotti, nota-se  nelas um traço o qual ele considera comum que “é a concepção de educação como um processo de desenvolvimento pessoal e individual.”
Na visão desse autor, neste século, a educação deverá ter um novo foco, ela deixará de ser centrada no indivíduo como ser isolado e passará para a compreensão do indivíduo com um ser social, político e ideológico, configurando-se em caráter permanente e social. Exemplo disso é a educação adotada nos países socialistas (Pedagogia Institucional). Nestas perspectivas, a educação nos dias atuais, nos hemisférios Sul e Norte, embora havendo desníveis e diversidades regionais, encontram consensos a tendências universais, entre eles, a consideração, que é conquista do século, que não há limites de idades para a educação e que ela não é neutra. Assim o professor terá que ser um contínuo estudante, pesquisador, pensador de suas práticas e empreendedor de práticas sempre renovadas e que se adequem à realidade que está em constante renovação.
Observe que as concepções de educação socialista, democrática e permanente não são ideias novas, porém podem-se encontrar numa única tendência que se impôs neste final de século, por exigência do próprio desenvolvimento da sociedade. Um exemplo: os países que tiveram a educação como instrumento de luta e de emancipação, fizeram-na associando a luta social com a luta pedagógica.
A ideia de educação dentro do novo discurso, no entanto, é que não cabe mais fazer educação calcada no conteudismo e no politicismo. A esse respeito, Gadotti (2008, p. 277) entende que:

[...] o que se vislumbra é uma educação autônoma, plural, em que o ensino não se confunde com consumo de ideias, diferente da escola que era padronizada, doutrinadora, ainda seguindo a concepção burguesa onde o objetivo era a disciplina da classe trabalhadora e a formação de classe dominante.

Neste intuito, compreende-se que os processos de aprendizagens têm a participação dos sujeitos em diferentes meios sócio-antropológicos e são os vínculos sociais que definem as implicações nos processos educativos e na formação de cidadãos.
Assim, o professor, como elemento primordial no processo de ensino, precisa dominar na prática, os conhecimentos necessários às aprendizagens de determinadas categorias de sujeitos, conforme a realidade da sociedade na qual ele se insere. A intervenção e a direção nos processos de aprendizagens justificam-se pela formação do docente, e não por nenhuma outra determinação que pode resultar (dependendo da capacidade reflexiva de cada docente) tanto em uma prática reprodutivista, quanto em uma atitude crítica diante das situações.
Então, diante da atual conjuntura, é importante que os docentes estejam aptos e atentos para compreender melhor a realidade na qual se inserem, a fim de ampliarem seus conhecimentos em torno das questões sociais e culturais, que hoje são imperativas para um processo de ensino e de aprendizagem transformador. No entendimento de Kenski (2004), as tarefas de ensinar e aprender vem ganhando novos ritmos e novas dimensões, em face às necessidades de permanente aprendizagem e de adaptação ao novo. Para Tardif e Lessard (2007), as tensões e os dilemas vivenciados pelos agentes do ensino diariamente, podem configurar-se em objeto de ação e projeto de transformação, pois, com as tendências vigentes, o trabalho docente constitui-se em uma das chaves para a compreensão das transformações atuais das sociedades e do trabalho. Isso configura em um dilema que representa um setor nevrálgico, já que é o espaço cultural que determina as condições circunstanciais de trabalho dos professores. Os tempos vivenciados hoje revelam que os docentes representam para a sociedade e como tais devem criar formas de ampliar seus conhecimentos visto que eles são profissionais com necessidades prementes no âmbito da formação continuada. Nesse sentido, Hargreaves (2004, p. 25) argumenta que:

Ensinar é uma profissão paradoxal. Entre todos os trabalhos que são, ou aspiram ser, profissões, apenas do ensino se espera que gere as habilidades e as capacidades humanas que possibilitarão a indivíduos e a organizações sobreviver e ter êxito na sociedade do conhecimento dos dias de hoje. Dos professores mais do que qualquer outra pessoa, espera-se que construam comunidades de aprendizagem, criem a sociedade do conhecimento e desenvolvam capacidades, para a inovação, a flexibilidade e o compromisso com a transformação, essenciais à prosperidade econômica.

Nessa concepção a maneira como o professor pensa a sua ação pode influenciar nos modos de agir na prática, na forma de como se apropriar dos conhecimentos e, possivelmente, posicionar-se quanto ao processo de ensinar e aprender. Assim, nos dias atuais, os professores necessitam dominar os conhecimentos impostos pelas mudanças atuais como no caso das tecnologias da informação e comunicação e outros que intervém nos processos educativos. Agora mais que nunca os professores precisam unir-se, pois cada vez mais a sociedade, em função do progresso cientifica e tecnológico e mudanças culturais estará exigindo desses profissionais ações práticas que resultem em saberes apropriados e adequados às tendências atuais.
A discussão da formação dos educadores no interior da instituição é fator importante porque demonstra a ampliação dos espaços democráticos na escola e neste sentido o  coordenador pedagógico tem uma função primordial que é da mediação do trabalho pedagógico do professor e o trabalho acadêmico do aluno, bem como para a interação de ambos resultando em  benefícios do processo de ensino e aprendizagem.
Vale ressaltar que embora o professor participe ativamente dos programas de formação continuada, e mesmo que o coordenador pedagógico exerça sua prática da melhor maneira possível, baseada nos princípios democráticos, não é o suficiente para resolver os fracassos da educação escolar, esse é um problema complexo que faz parte da totalidade do sistema educacional brasileiro.
A formação continuada do docente contribui para a melhoria dos frequentes debates acerca do sistema organizacional da educação, visto que esses programas possibilitam aos docentes momentos de reflexões coletivas ou em grupo. Isso enriquece e aumenta o leque de informações em torno dos problemas da escola e com isso surgem as sugestões de melhorias no que se refere ao trabalho do docente em sala de aula, da gestão educacional e das ações comunitárias em torno do ensino aprendizagem.

<Para refletir:
As ideias de educação que se apresentam neste “novo” século, são produtos de reflexões do velho sistema que tem como base a educação moderna cujo seio de sua crise fez emergir elementos para uma nova educação. O desafio que está posto aponta para caminhos em busca da construção de uma nova forma de pensar educação e fazer educação. Isto poderá acontecer identificando o novo no velho, como saídas em meio a esse turbilhão de situações novas. Para alguns pesquisadores, a escola enfrenta problemas sérios problemas em relação à qualidade da educação.  Esse problema está na relevância daquilo que se ensina e da forma que se ensina. Esse princípio de relevância não está ligado apenas a repensar os conteúdos de ensino, mas também os métodos de ensino e de avaliação. Consideram que as formas de ensinar e aprender nesse século já não condizem com aquelas da geração anterior, o conhecimento hoje está disponível e já não pertence a uma só pessoa. Para essa geração, o que importa é o que se faz na coletividade, por isso seus membros de comunidades jogam em grupos, criam fóruns virtuais discutem e resolvem problemas através deles, criam jogos coletivos. Eles (os sujeitos da geração da virtualidade) têm mais facilidades e instrumentais que as gerações de outras épocas, porque nasceram em um período em que as coisas estão em ritmo mais acelerado e com outras ferramentas que precisam ainda ser mais compreendidas. Tais evidências forçam os educadores a repensarem seu papel e a conhecerem mais profundamente os processos, os métodos, instrumentos e as interferências que estes estão produzindo nas crianças e jovens com as quais lidam e que estão muito mais familiarizadas com os instrumentos e mecanismos da era da comunicação e da interação digital. (LOPES, 2011)>

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

FIM DA GREVE NO IFMT - CAMPUS Cuiabá



Em que pese resistirmos mais 02 semanas além da determinação do Sinasefe Nacional, cujo comando de greve se dissolveu há mais de duas semanas ignorando as bases que se mantiveram paralisadas; 
por razões de conjuntura adversa (inclusive o fato que 98% dos Inst. Federais estarem com retorno previsto); 
Em Assembleia geral hoje (12/09/2012) no IFMT, deliberou-se pelo final/suspensão da greve com reinício de calendário de atividades acadêmicas no Campus Octayde Cbá a partir do dia 17/09 (2ª-feira). 
As aulas para os alunos em sala de aula normal para a conclusão dos bimestres se reiniciam no dia 24/09 (2ª-feira). 

Estabeleceu-se uma comissão de docentes e alunos para tratarem com a direção de ensino o calendário de reposição.


Aproveito para parabenizar todos os colegas e alunos que não fugiram à luta e resistiram o quanto o bom senso pedia, somando forças em mais esta batalha que, com certeza, não pôs fim à guerra pela 'educação de qualidade' para o povo brasileiro e as classes trabalhadoras.



























SDS.

Diretoria da ADIFMT.

A LUTA CONTINUA !!! COM GREVE OU SEM GREVE !!! 


quinta-feira, 6 de setembro de 2012

SEDE da REITORIA do IFMT


Cara Comunidade do IFMT,
Temos novidade sobre a sede da Reitoria.
A Direção da ADIFMT encaminhou solicitação sobre a implantação da nova sede e a Reitoria permitiu que a Comunidade interna participe das decisões da escolha da sede. 

Oficio enviado para a Reitoria  Oficio06 
Oficio de Resposta da Reitoria Oficio386/2012
Oficio enviado para Reitoria pedindo mais informações Oficio08

A ADIFMT está fazendo encaminhamentos para que essa participação se efetive e seja positiva para todos do IFMT.
APROVEITEM E SE CADASTREM NO BLOG!

terça-feira, 4 de setembro de 2012

NOTA A COMUNIDADE



1º) A questão da unidade e unicidade na greve sempre foi defendida por todos os membros da ADIFMT;
Jamais tomamos qualquer iniciativa que não fosse de participação coletiva em mobilizações e em assembleias conjuntas com o Sinasefe e acredito q os docentes e o Sinasefe local saíram fortalecidos desta participação e destes debates;
2º) As posições da ADIFMT, como a necessidade de fortalecermos a participação política dos 'docentes' do IFMT nas questões locais e nacionais nunca foram temas de "bastidores" ou da obscuridade como alguns insistem em insinuar em ocasiões diversas.
Tanto assim que esse fórum é aberto e a Associação dos Docentes do IFMT está aberta à participação de todos os docentes do IFMT sem qualquer discriminação. E os TAEs só não estão inclusos aqui, porque se trata de um fórum específico para debater e buscar soluções específicas às demandas e particularidades dos docentes do IFMT;
3º) A ADIFMT foi criada, não pela vontade de uma pessoa ou duas, mas pela necessidade coletiva 'afogada' em suas demandas específicas, haja vista o SINASEFE ter demonstrado pouca preocupação em encaminhá-las e resolvê-las a contento;.
4º) A ADIFMT está estruturada e tende a fortalecer-se à  medida que nela os docentes do IFMT saíram de expressões acanhadas e solitárias para a mobilização em torno de iniciativas coletivas que lhes são pertinentes;
5º) A ADIFMT pretende, se for vontade das pessoas que a fazem - seus membros - continuar reivindicando, denunciando, debatendo e encaminhando questões que os docentes do IFMT considerem importantes ou que aviltem essa categoria de maneira ilegal ou imprópria;
6º) A ADIFMT estabelece-se neste Instituto como expressão da 'vez' e 'voz' dos docentes para organizarem-se e mobilizarem-se na luta por reivindicações pessoais, políticas e coletivas consensuais, injustas e/ou sectarias no IFMT e seus organismos.

 Para concluir, em defesa da democracia e da transparência  e de um sindicato forte e representativo dos docentes, deixamos aqui registrado o nosso repúdio à atitude de alguns membros do Comando de Greve Local que tentaram impedir o professor Sérgio Mendes de 'continuar' sua participação neste comando na última reunião. Nada justifica tal atitude, pois o mesmo foi eleito em assembléia conduzida pelo Sinasefe, sem restrições. Este professor do IFMT esteve, até onde sabemos, participante efetivo e ativo de eventos e lutas desencadeados por esse movimento de greve divulgando, apoiando e acompanhando o presidente do Sinasefe e do comando sempre que solicitado, nesta luta que nos uniu.
Aproveitamos para manifestar também repúdio à atitude omissa de alguns membros da atual diretoria do SINASEFE, que a despeito de terem sido eleitos para atuarem em favor das categorias do IFMT, que neste momento careciam de trabalho de mobilização e participação de todos, estiveram ausentes da grande maioria das assembléias e dos atos em defesa da educação.
Como podemos esperar um sindicato forte e engajado nas luta dos servidores se a maioria dos membros da sua diretoria não se compromete ativamente e nem se mobiliza e atua junto com as suas principais lideranças num momento tão crucial como este?

Repudiamos também a decisão da diretoria do Sinasefe em encaminhar a saída do movimento grevista, com data marcada, unilateralmente, sem a devida consulta às bases. A fala do colega Cistovam sintetiza bem esse sentimento de decepção coletiva de grande parte da categoria filiada ao SINASEFE:
“Quem toma  decisões com apoio das bases não precisa se justificar do porque de suas decisões. Me entristece ver num Boletim de Greve (115º) que a Direção Nacional, após 5 meses de paralisação (2 meses em 2011 + 3 em 2012), indica para a categoria uma saída do movimento listando um rol de reivindicações junto ao governo para o ano de 2013. 
Gente, com que ânimo eu vou encarar outro movimento se sairmos da forma proposta pela Direção Nacional?”

Compareçamos à Assembleia de amanhã (04/09/2012) para deixarmos registrado, com nossa presença, o repúdio  a toda forma de exclusão e arbitrariedade dos órgãos que nos representam, neste caso o SINASEFE.


Abçs fraternos.

Rosana Santos


A LUTA CONTINUA!! COM GREVE OU SEM GREVE!!!