terça-feira, 17 de julho de 2012

Entendendo a Proposta do Governo


Caros colegas,

A planilha em anexo tem a pretensão de melhor visualizar e entender os impactos da proposta do governo em termos salariais no caso do EBTT.
Esta planilha apresenta os três regimes de trabalho, DE, 40H e 20H. Em cada uma, as classes são apresentadas para DOUTORES, MESTRES, ESPECIALISTAS e GRADUADOS. Existe uma coluna com os valores salariais atuais em março de 2012, outra com os valores proposto pelo governo para 2015, mais uma representando o aumento percentual relativo à proposta do governo (aumento bruto), uma coluna que representa a perda salarial considerando a inflação acumulada até 2012 (22,08%). A última coluna representa o acumulo das perdas até 2012, mais uma projeção de inflação até 2015 de 20%, que  representam as perdas totais de valor aquisitivo do nosso salário em 2015.
Alguns pontos são interessantes para observação:
1 – Existe um grande absurdo já hoje, 2012. Percebe-se, por exemplo, que os especialistas e graduados, a partir do nível de DIV 1 até o DIV 4, têm redução salarial. Ou seja, progridem para ganhar menos.  Cabe ressaltar, que na proposta para 2015 esse absurdo já não acontece, os valores são crescentes e não decrescentes. Os técnicos do MPOG perceberam a mancada.
2 – Nos textos e nas mídias, o ministro vem propagando a ideia que foi privilegiada a DE e a titularidade. Entretanto, em termos percentuais podemos verificar algumas incoerências em relação a este discurso. Acho que ele não fez conta alguma para conferir o que disse.
· Percebe-se no caso de doutores com DE, que o índice de aumentos para a classe DIII foi maior que a para a classe DIV. O que é uma incoerência ao discurso propagado. O mesmo pode ser observado no caso de graduados com DE.
·         Também contrariando o que foi dito pelo ministro, os índices de aumento dos graduados com DE na classe DIII foram maiores que os índices dos doutores com DE na classe DIV.
3 – De forma geral, não é possível encontrar uma lógica para o índice de aumento nos vários níveis das classes. Parece algo aleatório.
Fica evidente, que a proposta do governo nada mais é do que um engodo, visto a enorme perda inflacionária que acumularemos no período. E nem mesmo nos oferece a garantia de referência salarial com outras categorias, como o MCT, que foi  citado desde o início, inclusive com a concordância do governo.
Ainda causa estranheza neste “processo de negociação” junto ao governo, que ninguém mais fala na implantação da data base para nossa categoria.  Com a data base, parte destes problemas seriam amenizados.
Há também de se ressaltar que a má fé do governo foi claramente exposta no ato de atender aos docentes com o segundo escalão dos ministérios, enquanto os senhores ministros do MPOG e MEC em entrevista coletiva informavam a imprensa a proposta do governo.  Este ato demonstrou que a preocupação do governo é com a mídia, e a popularidade da Presidenta, e não com a categoria.

A tabela está disponível nesse Link


Autor: Valtemir Emerêncio
            Cristovam Albano
 

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