Caros colegas,
A planilha em anexo tem a pretensão de melhor visualizar e entender os
impactos da proposta do governo em termos salariais no caso do EBTT.
Esta planilha apresenta os três regimes de trabalho, DE, 40H e 20H. Em
cada uma, as classes são apresentadas para DOUTORES, MESTRES, ESPECIALISTAS e
GRADUADOS. Existe uma coluna com os valores salariais atuais em março de 2012,
outra com os valores proposto pelo governo para 2015, mais uma representando o
aumento percentual relativo à proposta do governo (aumento bruto), uma coluna
que representa a perda salarial considerando a inflação acumulada até 2012
(22,08%). A última coluna representa o acumulo das perdas até 2012, mais uma
projeção de inflação até 2015 de 20%, que
representam as perdas totais de valor aquisitivo do nosso salário em
2015.
Alguns pontos são interessantes para observação:
1 – Existe um grande absurdo já hoje, 2012. Percebe-se, por exemplo, que
os especialistas e graduados, a partir do nível de DIV 1 até o DIV 4, têm
redução salarial. Ou seja, progridem para ganhar menos. Cabe ressaltar, que na proposta para 2015 esse
absurdo já não acontece, os valores são crescentes e não decrescentes. Os
técnicos do MPOG perceberam a mancada.
2 – Nos textos e nas mídias, o ministro vem propagando a ideia que foi
privilegiada a DE e a titularidade. Entretanto, em termos percentuais podemos
verificar algumas incoerências em relação a este discurso. Acho que ele não fez
conta alguma para conferir o que disse.
· Percebe-se
no caso de doutores com DE, que o índice de aumentos para a classe DIII foi
maior que a para a classe DIV. O que é uma incoerência ao discurso propagado. O
mesmo pode ser observado no caso de graduados com DE.
·
Também
contrariando o que foi dito pelo ministro, os índices de aumento dos graduados
com DE na classe DIII foram maiores que os índices dos doutores com DE na
classe DIV.
3 – De forma geral, não é possível encontrar uma lógica para o índice de
aumento nos vários níveis das classes. Parece algo aleatório.
Fica evidente, que a proposta do governo nada mais é do que um engodo, visto
a enorme perda inflacionária que acumularemos no período. E nem mesmo nos
oferece a garantia de referência salarial com outras categorias, como o MCT,
que foi citado desde o início, inclusive
com a concordância do governo.
Ainda causa estranheza neste “processo de negociação” junto ao governo,
que ninguém mais fala na implantação da data base para nossa categoria. Com a data base, parte destes problemas
seriam amenizados.
Há também de se ressaltar que a má fé do governo foi claramente exposta
no ato de atender aos docentes com o segundo escalão dos ministérios, enquanto
os senhores ministros do MPOG e MEC em entrevista coletiva informavam a
imprensa a proposta do governo. Este ato
demonstrou que a preocupação do governo é com a mídia, e a popularidade da
Presidenta, e não com a categoria.
A tabela está disponível nesse Link
Autor: Valtemir Emerêncio
Cristovam Albano
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